
Imagine um mundo visto, tocado, sentido pela perspectiva de uma criança. Como seriam as relações entre os povos, com o ambiente, com o todo diante deste olhar infantil? Sua inocência permite uma conexão com o novo e o diferente sem filtros, tão comuns entre os adultos. “A benevolência para com os seus semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que lhe são as formas de manifestar-se”, é a instrução de Lázaro em O evangelho segundo o espiritismo (Cap. 9, it. 6)[1] que nos remete à reflexão do filme deste mês em nosso Além da Tela.
A história de E.T. – O extraterrestre (Universal, 1982), nos introduz Elliot e como sua percepção de certo e errado, de justo e bom, pode influenciar a todos em seu redor, mesmo que para isso seja necessário enfrentar o sistema estabelecido pelos adultos. Seus dez anos de idade não são um empecilho para o entendimento de um mundo mais justo e igualitário, pois sua conexão com o outro é natural.
Fiquemos com os ensinamentos de Kardec, quando nos diz que “a pureza do coração é inseparável da simplicidade e da humildade. Exclui toda ideia de egoísmo e de orgulho. Por isso é que Jesus toma a infância como emblema dessa pureza, do mesmo modo que a tomou como o da humildade”[2].
Serviço
E.T. – O extraterrestre (1982)
Temáticas: inocência, tolerância, diferenças
Direção: Steven Spielberg
Livre | Ficção científica/Aventura | 1h45min
Disponível para alugar na Apple TV e Prime Vídeo
NB [1]: KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Brasília: FEB, 2019. Cap.9, it.6. A afabilidade e a doçura.
NB [2]: KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Brasília: FEB, 2019. Cap.8, it.3. Deixai vir a mim as criancinhas.